Ecos da Biodiversidade

Livro-Serra

O livro “Novos Olhares, novos Saberes sobre a Serra do Japi: Ecos da Biodiversidade” foi lançado ontem (08/03) durante as comemorações de 30 anos de Tombamento da Serra do Japi. O evento foi realizado no jardim do Museu Histórico e Cultural Solar o Barão com a presença dos autores, o zoólogo João Vanconcellos Neto e técnica ambiental Patrícia Regina Polli, além demais colaboradores.

Com 628 páginas, o livro é farto em informações científicas a respeito dos animais e das plantas da área. Ele representa o maior esforço de divulgação de descobertas biológicas desde o clássico “História Natural da Serra do Japi”, publicado em 1992 por nomes como Aziz Ab´Saber, Hermógenes Freitas Leitão e Patrícia Morelato, entre outros. Desta vez, o esforço envolveu 46 pesquisadores de 15 instituições universidades.

A publicação traz novidades como a primeira publicação sobre a fauna aquática da Serra do Japi, onde foram catalogados 31 espécies de peixes. “Estes estudos comprovam que a água da Serra do Japi é altamente preservada”, explica o professor.

O livro também mostra a rica biodiversidade das espécies animais e vegetais originários do Japi, como espécies de samambaias de 12 mil anos, 125 espécies de orquídeas, 950 espécies de borboletas e de 3 a 5 mil de mariposas. Outro capítulo de destaque é das aracnídeas, onde foram catalogadas 218 espécies de aranhas, porém há possibilidades deste número ser duas vezes maior.

Os exemplares já podem ser adquiridos na Editora CRV.

 

30 anos de tombamento

A Serra do Japi é reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade

Jundiaí comemora os 30 anos de tombamento da Serra do Japi nesta sexta-feira, 8 de março, em meio a uma onda de manifestação pela preservação da área por parte da população jundiaiense.

O tombamento ocorreu em 1983 pelo saudoso geógrafo Aziz Ab’Saber, que na época presidia o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turismo do Estado de São Paulo). O professor Aziz faleceu no ano passado.

A Prefeitura de Jundiaí, por meio da Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente, realizará um evento comemorativo neste dia no jardim do Museu Histórico e Cultural Solar do Barão, às 18h. O prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi, diz que a preservação da Serra do Japi é uma das prioridades do governo.

O diretor de Meio Ambiente, Flávio Gramolelli, participou pelo COATI da primeira manifestação popular a favor do tombamento em 1979 e relembra que por muitos anos apenas as ONGs não deixavam a data passar em branco. Agora, como parte da administração, Gramolelli afirma que dará a devida importância ao assunto oferecendo para a população uma série de ações em defesa da Serra.

Nesta sexta em Jundiaí também será comemorado o Dia da Serra do Japi, data criada por meio de legislação municipal.

 

Piloto aventureiro que apresentou série no “Fantástico” faz palestra na DAE

img_17-349-600-400-100

O engenheiro e aviador aventureiro Gérard Moss, que apresentou a série “Asas do Vento”, exibida pelo “Fantástico, da TV Globo, estará em Jundiaí no dia 19 de março, às 14h, para participar da programação da Semana da Água realizada pela DAE S.A. Ele ministrará a palestra “Brasil das Águas” no auditório Planeta Água, na sede da empresa,

A palestra é gratuita e aberta a toda a população mas para participar é necessário fazer inscrição antecipada (até o dia 15), pelo e-mail eventos@daejundiai.com.br, informando nome, idade, profissão e telefone para contato.  As vagas são limitadas.

Em Jundiaí o engenheiro conta a experiência desse projeto desenvolvido entre outubro de 2003 e dezembro de 2004, no qual desenvolveu um método de coleta de amostras de água utilizando um avião anfíbio Lake Renegade apelidado de Talha-mar, que foi transformado em laboratório aéreo. Esse laboratório interno foi totalmente desenhado e montado pela própria equipe Brasil das Águas, com tecnologia 100% brasileira.

Durante 14 meses, Gerard sobrevoou diferentes regiões do país, na companhia da mulher, a fotógrafa Margi, coletando 1.160 amostras de água de 524 rios, lagos e reservatórios.

Foram 800 horas de vôo em 120.000 km – o equivalente a mais de duas voltas em torno da Terra –, em situações bastante arriscadas, que exigiram sangue frio e comprometimento com o objetivo e os resultados. As amostras foram coletadas de 524 rios, lagos e reservatórios diferentes.

Baseado nos resultados obtidos pelas análises realizadas por pesquisadores de várias instituições brasileiras como a IEE (São Carlos) e a UFRJ, foi possível desenhar um mapa mostrando a saúde das águas doces no momento da coleta e identificar ambientes não contaminados para que possam ser conservados.

Em Jundiaí o ambientalista fala sobre as águas do Brasil e do mundo, apresenta os desafios enfrentados durante o  projeto, enfatizando a importância da população agir com responsabilidade, usando a água racionalmente, com pensamento coletivo.

Quem é Gérard Moss

Engenheiro mecânico e empresário criado na Suíça e naturalizado brasileiro, Gérard começou a voar em 1983. Radicado no Brasil desde os anos 1980, ao lado da mulher transformou  o hobby da aviação em projetos de pesquisa e comunicação de questões  ambientais, sempre com foco no tema água.

Entre 1989 e 1992, com apenas 400 horas de voo, partiu para uma volta ao mundo com a mulher pilotando um monomotor Sertanejo fabricado pela Embraer. Em 2001, fez um voo histórico, a primeira volta ao mundo em um motoplanador, utilizando um Ximango fabricado em Porto Alegre. Nesse projeto Asas do Vento, de voo solo, ele transmitiu semanalmente para o Fantástico imagens gravadas no trajetória pelos quatro cantos da Terra. Nessa aventura notou que a degradação ambiental era um problema  generalizado e passou a desenvolver projetos nessa área.

Além de “Brasil das Águas”, Gérard Moss comandou de outros projetos ligados à água, sempre com patrocínio do Programa Petrobas Ambiental, entre eles o atual, Rios Voadores, onde pilotou um balão usado como plataforma científica em sobrevôos na Amazônia para a realização de coletas de amostras nos rios voadores, correntes de ar carregadas de vapor, que atravessam a Amazônia e trazem a umidade para outras regiões do Brasil.

O Projeto Rios Voadores foi uma expedição brasileira e pioneira para estudar a relação entre o transporte de vapor de água da Amazônia e o ciclo de chuvas no país.

Serviço

Evento: Palestra – Brasil das Águas, dia 19 de março, às 14h

Local: DAE S/A – Auditório Planeta Água – Rod. Vereador Geraldo Dias, 1500  Vila Hortolândia

Informações: (11) 4589-1485

Inscrições: eventos@daejundiai.com.br