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MOSAICO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE JURÉIA-ITATINS

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Em 1986, a Juréia-Itatins foi declarada como Estação Ecológica., que denomina um tipo de Unidade de Conservação destinada a proporcionar condições para pesquisas, desenvolvimento de educação conservacionista e onde 90% ou mais da área é destinada à preservação integral dos recursos naturais existentes.

As Estações Ecológicas foram estabelecidas pela Secretaria Especial de Meio Ambiente (órgão federal) com o objetivo de proteger e representar amostras dos principais ecossistemas do país, para que as instituições de pesquisa pudessem fazer estudos ecológicos comparativos entre áreas protegidas e aquelas que sofreram ação antrópica. A lei que rege as Estações Ecológicas data de 27 de abril de 1981 (lei nº 6.092).

O histórico da Estação Ecológica de Juréia-Itatins (EEJI) tem início com o tombamento do Maciço da Juréia no início da década de 70, lugar de paisagens exuberantes e praticamente inexplorado até o momento. O processo de tombamento foi iniciado em 1973 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo).
Em 20 de janeiro de 1986, com o decreto estadual nº 24.646, é estabelecida a Estação Ecológica de Juréia-Itatins, com 79.830 hectares.

 

Das Unidades de Conservação do Estado de São Paulo, a EEJI recebe destaque especial, pois com seus 800 quilômetros quadrados, é considerada pelo cientista Aziz Ab'Saber como o mais completo mostruário de todos os ecossistemas tropicais do Brasil.
Estão ali presentes dunas, manguesais, restingas, florestas de planícies, matas de encostas e vegetação de altitude e toda a diversidade encontrada na EEJI é resultante da união desses seis ecossistemas distintos.

 

Associada a eles encontra-se a diversidade faunística, caracterizada por possuir em sua grande parte animais endêmicos e em extinção, como a ariranha, a anta, o macuco, a jaguatirica e o macaco mono-carvoeiro.
A comunidade tradicional também é encontrada na EEJI, especialmente tendo os moradores da cachoeira do Guilherme seus mais fiéis representantes.

 

Alguns dos moradores desta comunidade nunca saíram de seu local de origem e, por isso, nunca tiveram contato com a "civilização" fora da área
florestal. Vivem da caça, da pesca e da agricultura artesanal, constróem suas casas e canoas com árvores e vivem como se as usinas nucleares ou os
transgênicos nunca tivessem existido.
FONTE: Evolução das Práticas de Manejo de Recursos Naturais: Um Estudo de Caso da Comunidade "Costão do Despraiado" - Estação Ecológica Juréia-Itatins
Autora: Valéria Maradei Freixêdas

Fotos: Flávio Gramolelli Junior, Dedé Color, Débora Rodrigues Naldo.